Tendências e Tecnologias para a Transformação Digital no Setor Financeiro

Topaz
Mar 02, 2021

O setor bancário vem buscando formas de sustentar a experiência adquirida durante a pandemia da Covid-19 para impulsionar a transformação digital, através do uso intensivo de programas de inovação, convergência com outras indústrias, Open Finance, mudanças regulatórias e significativas transformações culturais, levando-os a descobrir novos modelos de negócios, muito mais centrados no cliente e alinhados às demandas globais urgentes, como ESG, por exemplo. As instituições que buscam fortalecimento da marca e reputação, precisam se inserir nas comunidades, aprimorar a experiencia com seus clientes, serem relevantes para a transformação e desenvolvimento de todo o meio, apoiando e fomentando iniciativas sustentáveis.

No entanto, não apenas as circunstâncias impostas pela pandemia de COVID-19 foram responsáveis pelo processo de mudança no setor, uma vez que a agenda de inovação e simplificação regulatória dos Bancos Centrais ao redor do mundo, associado a abundância de tecnologia disponível, já vinha fomentando a transformação digital do mercado, consolidando cada vez mais o Digital como um componente vital para o crescimento dos negócios.

Diante deste cenário de transformações e desafios, os investimentos do setor bancário brasileiro em tecnologia devem atingir a marca de R$ 30 bilhões em 2022, crescimento de 11%, segundo a Fundação Getulio Vargas – FGV. Mas quais são as tendências tecnológicas que devem marcar o ano de 2022 no setor financeiro? Abaixo, listamos algumas delas:

  • A escalada da computação em nuvem flexível.

A adoção da Nuvem será definida por uma abordagem mais técnica e abrangente, que contempla diferentes modalidades de nuvem privada, pública, híbrida, virtual ou comunitária, para que os bancos possam aproveitar os benefícios de forma integrada, rápida e econômica, buscando adicionar serviços, produtos, canais e aplicações digitais.

De acordo com Daniel Newman, colaborador da Forbes, “as interrupções repentinas e generalizadas causadas pelo coronavírus ressaltaram a importância de se ter uma infraestrutura em nuvem o mais ágil e adaptável possível, pois diversas empresas ao redor do mundo aceleram seus investimentos em nuvem para se ter uma mudança mais rápida em momentos de incerteza e disrupção”.

A adoção de uma estratégia de nuvem flexível também é fundamental para o sucesso da iniciativa de Open Finance, visto que cada vez mais as instituições financeiras estarão integradas, não apenas entre si, mas também com players de outras indústrias, criando grandes ecossistemas transacionais.

Finalmente, em um relatório recente, a Forrester destaca que cada vez mais os bancos precisam colaborar entre si e com as fintechs, buscando destravar o potencial das inovações e a escalabilidade fornecida pelas nuvens.

  • BaaS – Banking as a Service cresce.

Segundo estudo da Americas Market Intelligence (AMI), o mercado potencial de BaaS no Brasil deverá alcançar os US$ 15 bilhões até 2025 e essa tendencia esta amparada em uma projeção realizada por Bill Gates ainda nos anos 90, dizendo que nós precisamos de serviços financeiros e não, necessariamente, de bancos.

O BaaS é um modelo de plataforma bancária regulamentada que permite com que startups, fintechs e instituições que desejem operar transações no SFN – Sistema Financeiro Nacional, estejam aptas a fazê-lo sem a necessidade de se desenvolver tecnologia própria para tanto. É uma opção rápida e de menor custo para transacionar no SPB (Sistema de Pagamentos Brasileiro) e para participantes indiretos no SPI (Sistema de Pagamento Instantâneo), permitindo o uso do PIX, por exemplo. Globalmente, o uso de dinheiro diminuiu 6% em relação a outros períodos, e esta é uma tendência que promete continuar com força, acelerando à medida que as moedas digitais dos bancos centrais se tornam disponíveis. Até 2030, a maioria das transações com dinheiro deverão ser feitas apenas por meio de cartões e pagamentos digitais, permitindo que os consumidores realizem suas operações financeiras sem a necessidade de agências. Aliás, a transparência e conveniência gerada ao consumidor, contrastando com o alto custo de toda a cadeia de uso do dinheiro físico, também é um forte aliado à aceleração dos pagamentos digitais, incentivando a criação do PIX Saque, PIX Troco, entre outras inovações no mundo de pagamentos.

Através destas plataformas BaaS, bancos podem monetizar seus produtos e serviços por meio de APIs consumíveis fora de seus canais próprios ou, simplesmente, ofertar toda a sua infraestrutura tecnológica num formato white label, monetizando sua tecnologia e criando diversas outras entidades bancárias.

A TOPAZ, através de sua plataforma full banking, permite a construção de robustos modelos de BaaS de forma rápida e eficiente, incluindo core bancário, renda fixa e variável, tesouraria, back-office de fundos de investimento, mensageria SPB e SPI, variedade de canais digitais desde onboarding até jornadas transacionais, além da melhor ferramenta de prevenção a fraudes e lavagem de dinheiro do país.

  • Open banking como uma oportunidade de negócios.

O futuro é, sem dúvida, digital e interconectado. A criação de ecossistemas de serviços financeiros abertos, com experiências personalizadas e interconectadas, se tornará regra nos próximos anos. De acordo com o Gartner, “A economia das APIs facilitará o processo de transformação de uma empresa ou organização em uma plataforma. As plataformas potencializam a criação de valor ao cliente, pois permitem que os ecossistemas de negócios dentro e fora da empresa convirjam entre os usuários, facilitando a criação e/ou troca de bens, serviços e moeda, a fim de que todos os participantes possam obter valor.”

O Open Banking empodera o usuário, na medida em que os dados estão sob seu poder e, apenas através de consentimento explicito é que outras entidades poderão fazer uso destas informações. Essa quebra de paradigma no setor bancário, deve provocar uma profunda mudança no segmento de crédito, criando melhores opções aos tomadores de recursos financeiros. A Moody’s, companhia americana especializada em classificação de crédito, destaca que não apenas o PIX, mas, principalmente, o Open Banking, possuem um potencial para redução das taxas de crédito em todo o mundo, reduzindo barreiras de entrada e estimulando o crescimento dos negócios em todos os setores da economia.

Além de melhores condições de crédito, o Open Banking também é uma mola propulsora para melhoria da educação financeira da sociedade, visto que soluções de agregação de contas e de assistentes para finanças pessoais tem se proliferado no mercado. No segmento de investimentos, por exemplo, nota-se uma intensificação do papel do assessor de investimentos, em que pese o crescente papel destes profissionais nos últimos anos, mudando a relação dos investidores com o sistema financeiro, acreditamos que isto ainda se intensificará e com o consentimento para acesso a outros dados deste consumidor, as próprias ferramentas de PFM passarão a ser mais ativas e inteligentes em suas sugestões e recomendações.

Considerando as incertezas do mundo pandêmico e também de uma mudança no perfil do investidor, que tem buscado soluções com proposito, que incentivem a proteção ambiental e sejam sustentáveis, não restam dúvidas de que o Open Banking se transformará em Open Finance, integrando dados de outras indústrias e conduzindo o consumidor a melhores decisões em sua vida financeira. O financiamento de projetos não verdes trarão custos e riscos maiores, além da necessidade de implementação de regulações especificas para as empresas, que deverão adotar ações de gestão do risco climático com operações e produtos verdes.

A plataforma full banking TOPAZ atende aos requisitos de infraestrutura regulatória do Open Banking, está baseada na diretiva PSD2, e conta com diversos módulos que aceleram projetos nas áreas de onboarding digital, concessão de crédito, melhores produtos de investimentos e proteção contra a lavagem de dinheiro e a fraude durante o compartilhamento de dados consentidos, garantindo segurança e conectividade para a era do banco aberto.

  • Aumento do investimento em privacidade, segurança de dados e cybersecurity.

Há alguns anos, investimentos em segurança estão entre as 5 principais prioridades dos executivos das grandes instituições financeiras, entretanto, este investimento não é uniforme entre todas as indústrias. Na maioria das organizações, cibersegurança e a proteção de dados não são tratadas como investimentos, mas esta mentalidade pode custar caro. De acordo com uma pesquisa recente da IBM, que contou com 500 organizações globais e mais de 3.200 profissionais de segurança, o custo médio de uma violação de dados é de US$ 3,86 milhões. No mesmo estudo, as empresas entrevistadas que não tinham uma equipe de resposta a incidentes arcaram, em média, com US$ 5,29 milhões em custos por violações de dados. Já aquelas que contavam com uma equipe dedicada e estavam preparadas, gastaram por volta de US$ 2 milhões.

A introdução das leis de proteção de dados e do Open Banking, dando início às operações de compartilhamento de dados, pressionam ainda mais o setor financeiro a investir em segurança cibernética e privacidade de dados. Além disso, a transição acelerada dos canais físicos para o digital, provocada pela pandemia que manteve fechados os pontos de atendimento físico, também trouxe enormes desafios em termos de segurança e proteção do consumidor, com expressivos aumentos em todos os tipos de fraudes. Segundo a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), os golpes cresceram 165% em 2021, quando comparados ao ano de 2020 que já havia sido alto. Os ataques de engenharia social, em que criminosos manipulam a vítima levando-a a realizar ações em benefício do fraudador, são os que mais cresceram. Phishings, um tipo de ataque realizado com emails, links e páginas de internet falsas, também cresceu bastante e estão diretamente ligados a pouca intimidade deste novo consumidor digital, migrado de forma acelerada em razão da pandemia.

E se não bastassem os crimes e golpes digitais que buscam invadir sistemas, enganar os consumidores e obter dados sensíveis e privados, os crimes de lavagem de dinheiro também cresceram. Ainda segundo a Febraban, este tipo de crime mais do que dobrou em relação ao período pré-pandemia, aumentando o número de comunicações realizadas ao COAF, órgão brasileiro de combate a ilícitos financeiros.

Nota-se que o número de ameaças enfrentadas pelas instituições, cresce de forma exponencial e as expõe a diversos desafios, desde riscos de imagem à jurídicos e operacionais. Para evitá-los é preciso automatizar controles, educar o consumidor e investir em tecnologia de ponta, capaz de monitorar, analisar e combater em tempo real, não só a fraude digital, mas também operações com indícios de crimes financeiros. TOPAZ é especialista em combate a fraudes e lavagem de dinheiro, sendo responsável pela proteção de mais de 40 instituições financeiras do Brasil, monitorando mais de 80% dos dispositivos moveis usados em transações bancárias, com destaque para 4 dos 5 maiores bancos nacionais.

  • Hiper personalização de produtos e serviços, centro no cliente

Os bancos tradicionais de varejo terão que se distinguir de seus concorrentes, Fintechs, NeoBanks e Big Techs, para evitar redução de suas margens e perda de clientes, sob pena de ser tornarem irrelevantes no mundo digital. A estratégia de atendimento centrada no cliente, passa a ser fundamental para conquistar a confiança do consumidor digital. Segundo a milleniumdisruptionindex.com, 73% dos consumidores acreditam que seus bancos não promovem uma boa experiencia de uso, quando comparados às bigtechs como Facebook, Google, Apple, entre outros.

A era da experiência está transformando o mundo dos negócios. O consumidor está cada vez mais exigente e demanda das marcas soluções personalizadas e de valor. Para responder a esse novo consumidor, cada vez mais empoderado e consciente, a hiper personalização de produtos e serviços tende a acelerar, criando uma onda de fusões e aquisições como forma de compor verdadeiros ecossistemas digitais.

As estratégias de integração onminchannel oferecem uma experiência de compra fluida e personalizada. Essa simbiose é fator crucial para garantir a satisfação dos clientes. Coletar insumos, com consentimento, para enriquecer o histórico de interação do cliente com a marca, realizar o tracking das necessidades dos clientes, diversificar e capilarizar os pontos de contato no físico e digital, além de uso intensivo de inteligência artificial para traçar perfis de clientes de forma assertiva, são mandatórios. A TOPAZ possui a mais robusta plataforma ominichannel do mercado, promovendo a redução de custos das principais operações, a criação e contratação de produtos em diversos canais, bem como uma visão integrada da vida financeira do consumidor.

  • Início das Moedas Digitais Reguladas (CBDC – Central Bank Digital Currency)

O tema criptomoeda é bastante conhecido no mundo todo e, apesar de seu crescimento exponencial nos últimos anos, com o surgimento de diversos cripto ativos para investimentos, pode-se dizer que ainda há uma certa desconfiança de toda a sociedade em relação ao seu uso em escala como moeda para transações do cotidiano. A falta de regulação das criptomoedas causa insegurança jurídica para os mercados, instituições e consumidor, inibindo a adoção em escala. Associado a isto, a ausência de entidades reguladoras impede a implementação de medidas de prevenção à lavagem de dinheiro, combate ao financiamento do terrorismo e definição de regras tributárias.

O funcionamento da rede Bitcoin, considerada a primeira moeda digital descentralizada, foi apresentado por Satoshi Nakamoto na lista de emails The Cryptography Mailing, em 2007. Esta publicação deu origem ao que o mercado denominou “um sistema econômico alternativo (peer-to-peer electronic cash system)”, sendo responsável pelo ressurgimento do sistema bancário livre. Para seu funcionamento, o Bitcoin introduziu uma espécie de “banco de dados” distribuído, chamado Blockchain. Esta tecnologia foi pensada para que fosse inviável qualquer autoridade financeira ou governamental manipular a emissão e o valor da criptomoeda ou induzir a inflação com a produção de dinheiro digital.

Atualmente, passados 15 anos desde o lançamento do Bitcoin, o mercado começa a trabalhar a regulação de criptomoedas. Países como Japão, Estados Unidos, India, Argentina, União Europeia e Brasil, possuem iniciativas para estabelecer diretrizes de governança dos cripto ativos.

Em paralelo às discussões sobre regulamentação, os Banco Centrais pelo mundo vêm discutindo a criação de suas próprias moedas digitais (CBDC). Tais moedas, possuem um potencial de melhorar a eficiência do mercado de pagamentos de varejo e de promover a competição e a inclusão financeira para a população ainda inadequadamente atendida por serviços bancários. A crise da pandemia evidenciou a importância de os instrumentos digitais de pagamentos chegarem aos segmentos mais vulneráveis e afetados da população.

Embora existam semelhanças em relação às tecnologias usadas em sua implementação, as moedas digitais reguladas não são criptomoedas, uma vez que esta última tem característica de investimento e não moeda para uso em pagamentos, compras e transações do cotidiano. Inclusive, a moeda digital poderá ser convertida em dinheiro físico, conforme a necessidade do consumidor.

O Banco Central Brasileiro vem trabalhando ativamente na implementação do Real Digital, com laboratórios de testes de ideias e inovações em pleno funcionamento. A expectativa é que o Real Digital seja lançado em 2024.

 

Conclusões

As expectativas dos consumidores estão aumentando num ritmo muito mais rápido do que a própria capacidade do setor bancário de se transformar digitalmente; e isso está longe de terminar, pelo contrário, deve continuar se intensificando em 2022 e nos próximos anos.

De acordo com a Forrester, “as organizações trabalharão para determinar o que realmente importa para seus clientes, identificando projetos para melhorar as experiências, priorizando esforços com o maior potencial gerador de negócios e conhecimento das reais necessidades do consumidor”.

O cenário de incerteza, com o prolongamento da pandemia, obriga as instituições a se reinventarem, somando esforços no sentido de construir ecossistemas colaborativos que gerem engajamento digital com este novo consumidor. A inovação e a capacidade de mudar rapidamente se apresentam como fatores cruciais para se manter relevante.

A Topaz é uma empresa de alta tecnologia que possui a plataforma financeira mais completa do mercado, com soluções que vão de core bancário a open finance, incluindo uma suite multicanal e soluções para tesouraria, mensageria, combate e prevenção a fraude e lavagem de dinheiro. Com mais de 30 anos de experiência no setor, a empresa é reconhecida pelo Gartner como provedora global de sistemas para a América Latina. Integra o Grupo Stefanini desde 2011 e está ativamente comprometida em apoiar empresas a realizar sua transformação digital por meio da oferta de soluções flexíveis, seguras e integradas.

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Uma das maiores empresas de tecnologia especializada em soluções financeiras digitais da América Latina, parte do Grupo Stefanini, com a 1ª plataforma full banking do mundo.

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